Conforme comenta o produtor rural e presidente da Associação da Rodovia MT 422 (Abrajas), Agenor Vicente Pelissa, o agronegócio brasileiro é um dos pilares da economia nacional, representando uma parcela significativa do PIB e das exportações do país. Contudo, para que o setor atinja todo o seu potencial, é importante contar com uma infraestrutura adequada, capaz de escoar a produção com eficiência e custos competitivos.
Com isso em mente, convidamos você a entender como a papel de cada infraestrutura do país no agronegócio e como sua maior eficiência poderia impulsionar o setor.
O pilar do transporte atual: a infraestrutura rodoviária
As rodovias são o principal meio de transporte utilizado para o escoamento de produtos agrícolas no Brasil. A maioria da carga agrícola do país é transportada por caminhões, ligando regiões produtoras ao restante do país e aos portos. Porém, a precariedade de muitas estradas brasileiras, com buracos, falta de sinalização e manutenção inadequada, eleva o custo do transporte e reduz a eficiência logística.
De acordo com o empresário rural Agenor Vicente Pelissa, esse cenário impacta negativamente a competitividade do setor, já que preços mais altos comprometem o valor final dos produtos no mercado. Portanto, melhorias nas rodovias podem gerar benefícios consideráveis para o agronegócio.
Até porque investimentos em duplicação, pavimentação e manutenção permitiriam o escoamento mais rápido e seguro da produção. Além disso, a redução nos custos de transporte também traria vantagens competitivas importantes, especialmente em um setor tão dependente do preço final para disputar mercados globais. As rodovias são, portanto, um elo fundamental na cadeia logística do agronegócio brasileiro.
Como a infraestrutura portuária afeta as exportações agrícolas?
Já os portos são a porta de saída para grande parte das exportações agrícolas do Brasil, como destaca o agricultor Agenor Vicente Pelissa. Soja, milho, carne e outros produtos dependem diretamente dessa estrutura para alcançar os mercados internacionais. Entretanto, apesar de sua relevância, os portos brasileiros enfrentam desafios como a falta de modernização, filas de navios e burocracia excessiva.
Esses problemas geram atrasos e aumentam os custos logísticos, prejudicando a competitividade do Brasil frente a outros grandes exportadores globais. Assim sendo, investir na modernização portuária é essencial para melhorar o fluxo das exportações agrícolas. Já que, portos mais eficientes possibilitariam que o Brasil competisse com mais força no cenário global, oferecendo prazos e custos mais atrativos para os compradores internacionais.
Como o transporte ferroviário pode transformar o escoamento agrícola?
Por fim, embora o Brasil tenha uma malha ferroviária, ela ainda é subutilizada e insuficiente para atender plenamente as necessidades do agronegócio. Segundo o produtor rural Agenor Vicente Pelissa, as ferrovias são ideais para transportar grandes volumes de carga a longas distâncias, com custos mais baixos do que o transporte rodoviário.
Dessa forma, a expansão e a modernização da malha ferroviária podem ser transformadoras para o agronegócio brasileiro. Projetos como a Ferrovia Norte-Sul prometem melhorar a logística do setor, conectando regiões agrícolas com mercados internos e externos. Inclusive, além de reduzir custos, o transporte ferroviário também contribui para a sustentabilidade, já que emite menos gases de efeito estufa por tonelada transportada, se comparado às rodovias.
Infraestrutura como o pilar da competitividade no agronegócio
Em última análise, nota-se que a competitividade do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma infraestrutura eficiente e integrada. Portanto, rodovias, portos e ferrovias são peças-chave para garantir o escoamento rápido, seguro e econômico da produção agrícola. Logo, investir nesses setores não é apenas uma necessidade para o crescimento do agronegócio, mas também para posicionar o Brasil como líder global em exportações agrícolas.