A bordo de impecáveis carros antigos, conversíveis ou na caçamba de um longo veículo de Fórmula 1 estão grandes pilotos, não é mesmo? Mas, você já se perguntou qual foi a trajetória de investimentos daqueles por trás do volante? Joni Ricardo Fernandes Duarte, empresário e entusiasta do automobilismo, sabe que o esporte atrai centenas de fãs e, até mesmo, sonhadores que almejam um espaço nas pistas.
Entretanto, o sonho do esporte automobilístico não é dos mais baratos e, por isso, é essencial compreender a longa trajetória de investimentos que os pilotos fazem para alcançar grandes categorias das corridas, como a Fórmula 1. Então, o automobilismo é caro? Se você tem essa dúvida, continue acompanhando este artigo!
O preço do esporte sobre rodas
De antemão, o empresário Joni Ricardo Fernandes Duarte indica que a trajetória de um piloto para alcançar espaço nas grandes categorias, como a Fórmula 1, é longa. De fato, muitos começam cedo, na faixa dos 7 e 8 anos, em corridas de Kart para, depois, passar para competições como a F4, F3, F2 e F1. Essas etapas são alternativas, isto é, podem seguir esse modelo clássico ou serem alteradas por corridas alternativas.
Independente de quais sejam as modalidades percorridas até alcançar as grandes categorias do automobilismo, uma situação é unânime: o empresário e o piloto sabem que vão precisar de muito dinheiro. Isso porque, independente de alcançar ou não as categorias mais altas do automobilismo, os primeiros passos do investimento se dão nas corridas de Kart.
O empresário Joni Ricardo Fernandes Duarte esclarece que, aqueles que iniciam como pilotos de Kart no Brasil e se destacam nas competições, em especial, as que ocorrem em São Paulo, precisam se adaptar às corridas que ocorrem na Europa, uma vez que elas são mais competitivas, evoluídas e caras. Com gastos para participar das modalidades, isso sem somar custos de moradia no continente, um piloto de kart precisa de, no mínimo, R$ 1,5 milhão (300 mil euros).
Com um piloto de destaque no Kart, é possível subir de categoria. Entretanto, os custos se elevam gradualmente. O empresário Joni Ricardo Fernandes Duarte indica, por exemplo, que para participar de uma equipe da F4 que lhe permita estar entre os primeiros colocados, o custo será de, no mínimo, R$ 1,5 milhão. Já para disputar a F3, é preciso investir no piloto para que participe de um time potencialmente vencedor e, para isso, será necessária a quantia de R$ 4 milhões (800 mil euros).
Um piloto de talento que consegue alcançar a F2 precisa de foco, dedicação, mas também de uma quantia que garanta sua presença na corrida conhecida como antessala da Fórmula 1. Uma temporada em uma escuderia que disponibiliza ao piloto um carro vencedor, como a Carlin, ou a ART, ou a DAMS tem custo entre R$ 8 e 9 milhões (1,6 e 1,8 milhões de euros).
Ainda não acabou, se o piloto demonstrar talento e competência para ser escolhido por um dos dez chefes de equipes da Fórmula 1 e for convocado, deve ter em mente que são poucas as que não exigem importantes somas de dinheiro, geralmente bancadas pelos patrocinadores. O empresário Joni Ricardo Fernandes Duarte explica que a F1 tem valores e necessidades de investimentos próprios, muitos desses são bancados pelos patrocinadores, o que, contudo, não limita a participação de investimentos do próprio piloto.
Esse raio-X superficial das corridas que levam até a Fórmula 1 indicam que, com quantias menores do que as apresentadas, seria impossível um plto competir em diferentes modalidades até alcançar o topo. Apesar de talento e dedicação serem imprescindíveis para o automobilismo, o investimento também é uma base fundamental.