O vídeo mostra ainda que segundos depois de virar a esquina, Iago volta puxando o cachorro. Rapidamente ele segura o cãozinho no colo. Os dois rottweilers vão atrás do educador, sendo que um deles, inclusive, pula diversas vezes em Iago para tentar pegar o cão.
“Eu estou arranhado nas costas, no braço, na perna. Ele pulou diversas vezes em mim. Eu tentei me defender, não chutei o cachorro. Mas depois percebi que quebrei a mão”, disse o educado.
De acordo com Iago, a esposa dele estava descendo do imóvel para passear com os outros dois outros cães do casal, mas ele conseguir alertá-la a tempo.
“Eu conseguir gritar e pedir para ela não descer. Tanto que a primeira coisa que eu fiz quando o cachorro veio me atacar foi tentar pegar a chave do bolso, mas eu não consegui. Foi a minha esposa que percebeu a situação e abriu o portão pra mim depois”, explicou Iago.
Iago disse ainda que foi ao Pronto Atendimento (PA) da Praia do Suá para receber atendimento após o ataque. No local, o educador foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, também em Vitória, onde tirou um raio-x e foi constatado que o educador fraturou a mão.
“Eu fraturei o terceiro metatarso. Eu trabalho em uma creche hotel para cachorros e estou afastado do trabalho por conta disso”, contou.
Ainda de acordo com o educador, ele registrou um Boletim de Ocorrência on-line.
Questionada sobre o assunto, a Polícia Civil do Espírito Santo informou ainda é necessário a validação do boletim para o início da investigação.
“O número mencionado na demanda é referente ao protocolo de registro on-line. Após o registro, o usuário recebe um e-mail com informações sobre a validação do boletim, incluindo detalhes sobre a unidade policial responsável pelo registro. Com a validação, o usuário recebe o número do Boletim de Ocorrência, o qual é utilizado para a investigação realizada pela delegacia indicada no comunicado. Para rastrear a tramitação do caso, é essencial que nos forneça esse número. É importante ressaltar que a Polícia Civil investiga todas as ocorrências formalizadas, independentemente de terem sido registradas em delegacias físicas ou online”.
“Eu acho que esses cachorros fugiram de algum lugar. Infelizmente, isso acontece todo dia, as pessoas passeiam com os cães sem focinheira, achando que o animal é dócil. Por mais dócil que seja, tem que colocar. O cachorro pode se assustar e reagir contra uma pessoa, contra um animal, causar uma tragédia”, disse Iago.
Iago disse ainda que além do pequeno Dobby, tem outros dois cães, um bulldog, que se chama John, e um da raça Spitz, que se chama Thor.
“Nunca passei por uma situação semelhante, mas a minha esposa Allana sim. Ela estava passeando com o Dobby e um labrador foi pra cima dele. A minha irmã, que estava com ela, que entrou na frente e impediu o ataque”, disse.
O que diz a prefeitura
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou que tomou ciência do fato. Uma equipe da Gerência de Bem-Estar Animal vai ao local para buscar os animais.
“Quanto à circulação de animais, em Vitória, a Lei Municipal n° 8.121/2011 estabelece as normas que tutores de animais domésticos devem seguir para o bem-estar animal e para o bom convívio com humanos. Animais domésticos podem circular nas áreas públicas desde que eles estejam com coleira e guia adequadas ao tamanho e ao porte do animal e obrigatoriamente guiados por seus tutores. Em caso de descumprimento da lei, cabe multa ao proprietário por animal. Os moradores podem contribuir com a fiscalização, fornecendo informações que auxiliem na identificação dos infratores. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 156 ou pelo aplicativo Vitória Online”.