De acordo com o empresário e fundador Aldo Vendramin, a economia circular no agro está ganhando espaço como um modelo de negócio que alia sustentabilidade ambiental e rentabilidade econômica. Diferente do sistema linear tradicional — baseado em produzir, usar e descartar — a economia circular propõe o reaproveitamento contínuo de recursos, reduzindo perdas e promovendo a regeneração dos ecossistemas. No setor agropecuário, isso se traduz em práticas como o uso de resíduos para geração de energia, compostagem e reaproveitamento de água, criando ciclos produtivos mais eficientes.
Quer transformar resíduos em resultados e produtividade em sustentabilidade? Siga na leitura e veja como a economia circular no agro pode reinventar o seu negócio rural — com lucro, inovação e respeito ao meio ambiente!
Como a economia circular no agro pode reduzir desperdícios e aumentar a eficiência?
A economia circular no agro permite que resíduos deixem de ser um problema e se tornem insumos valiosos dentro do próprio sistema produtivo. Estercos e restos vegetais, por exemplo, podem ser transformados em compostos orgânicos ou usados em biodigestores para gerar energia e biofertilizantes. Essa reutilização interna reduz a dependência de insumos externos, corta gastos com fertilizantes químicos e ainda melhora a qualidade do solo.

Além da gestão de resíduos, a economia circular no agro também otimiza o uso da água, um dos recursos mais críticos na produção rural. Sistemas de reuso e captação de água da chuva, aliados a tecnologias de irrigação inteligente, reduzem o consumo hídrico sem comprometer a produtividade. O reaproveitamento de efluentes tratados também é uma prática em expansão, especialmente em produções intensivas como a suinocultura e a avicultura.
Outro ponto importante é o controle de perdas na colheita e no pós-colheita. Ao reaproveitar alimentos fora do padrão comercial como matéria-prima para rações, biogás ou compostagem, a economia circular no agro valoriza cada etapa da produção. Segundo Aldo Vendramin, isso garante maior retorno sobre o que é produzido e promove uma mentalidade de aproveitamento total, onde nada é descartado sem antes ser avaliado quanto ao seu potencial de reaplicação.
Quais práticas exemplificam a economia circular no agro brasileiro?
No Brasil, diversas iniciativas demonstram como a economia circular no agro já está sendo aplicada com resultados expressivos. Como expõe o empresário Aldo Vendramin, um bom exemplo são as propriedades que utilizam biodigestores para transformar dejetos de animais em energia elétrica, reduzindo a conta de luz e ainda fornecendo excedente para a rede. O gás gerado também pode substituir o uso de combustíveis fósseis no preparo de alimentos ou no aquecimento de instalações.
Outro exemplo prático é a reutilização de restos de culturas e palhadas como cobertura de solo ou fonte de biomassa para cogeração de energia em usinas. Essa prática ajuda a manter a umidade, reduz a necessidade de herbicidas e controla a erosão, ao mesmo tempo em que aproveita materiais que antes seriam descartados. A economia circular no agro também está presente em iniciativas de logística reversa, como o retorno e reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas por meio do sistema Campo Limpo.
Como a economia circular no agro contribui para um modelo de negócio mais resiliente e lucrativo?
Adotar a economia circular no agro fortalece a resiliência das propriedades rurais diante de crises climáticas, econômicas e logísticas. Ao reduzir a dependência de insumos externos e tornar o sistema mais autônomo, o produtor consegue manter sua operação mesmo em cenários de escassez ou alta nos preços. Isso garante maior previsibilidade financeira e estabilidade no longo prazo, pontos-chave para um agronegócio competitivo.
Por fim, como destaca Aldo Vendramin, o modelo circular também atrai investidores e compradores que priorizam a sustentabilidade em suas cadeias de fornecimento. Certificações ambientais, rastreabilidade e indicadores de impacto positivo aumentam o valor percebido dos produtos e abrem portas para mercados diferenciados, inclusive internacionais. A economia circular no agro se destaca, portanto, como um diferencial estratégico em um mercado cada vez mais exigente e consciente.
Autor: Arkady Prokhorov